Intestino, nosso segundo cérebro: entenda como ele funciona

Alimentação correta, atividade física regular e uma noite bem dormida são comportamentos básicos para manter um cérebro jovem e saudável. O que pouca gente sabe é que a saúde cerebral também é influenciada por uma fonte inesperada: nosso intestino.

Segundo estudos e teses científicas, o órgão, que é dividido em delgado e grosso, é um dos mais importantes redutos de produção da serotonina, o neurotransmissor responsável por nossas sensações, tanto físicas, quanto emocionais.

No nosso sistema digestivo temos bactérias que podem ajudar a moldar a nossa estrutura cerebral e influenciar nas nossas emoções, como no humor, comportamento e saúde mental. Pode até desencadear doenças antes consideradas de origem cerebral.

Dessa forma, reconhecemos que, sim, o intestino é capaz de se comunicar com o cérebro. E isso ocorre através do nervo vago. Conhecido como o eixo intestino-cérebro, 90% das fibras do vago transportam informações do intestino para o cérebro.

Essa comunicação acontece através de moléculas que são produzidas por bactérias do intestino e, caso fiquem em desequilíbrio por predomínio de más bactérias – a disbiose – aumentam a chance de distúrbios psiquiátricos e neurológicos, tais como o autismo, a ansiedade, a depressão, o alzheimer e a doença de parkinson.

O QUE OS PESQUISADORES DIZEM?

Para vocês terem uma ideia do que estou falando, em um estudo de pesquisadores da Universidade da Califórnia (UCLA), observou-se que um grupo de mulheres saudáveis, comeu iogurte fortificado com probióticos duas vezes por dia, durante quatro semanas.

Um segundo grupo comeu um produto de leite não-probiótico, e um terceiro grupo comeu sua dieta regular.

Após as quatro semanas, todas foram submetidas a um “scanner” de cérebro para medir a resposta cerebral. O grupo probiótico mostrou um funcionamento cerebral muito diferente, tanto em repouso quanto em resposta a uma tarefa de reconhecimento emocional.

MAS O QUE É O DESEQUILÍBRIO INTESTINAL?

O desequilíbrio da flora bacteriana intestinal, é conhecido também como a disbiose, que reduz a capacidade de absorção dos nutrientes causando carência de vitaminas. Este desequilíbrio é causado pela diminuição do número de bactérias “boas” do intestino e aumento das bactérias “ruins”.

Essa condição está relacionada ao uso de antibióticos, laxantes, alimentos industrializados, uso abusivo de álcool, estresse e alimentação inadequada. Assim como algumas doenças intestinais, como inflamação intestinal e a prisão de ventre. Tudo isso favorece o desequilíbrio da flora intestinal e a instalação da disbiose.

Para tratar o problema é necessário ser acompanhado por profissionais capacitados, porque o tratamento consiste em restabelecer a flora bacteriana saudável com o uso de probióticos.

O indivíduo deve consumir também alimentos ricos em fibras, pois ambos estimulam o crescimento das bactérias boas do intestino, ajudando a estabelecer a absorção de nutrientes e vitaminas.

Náuseas, gases, empachamento, constipação ou diarreia, queda de cabelo, dor de cabeça e unha fraca são os principais sintomas da disbiose. E a presença dessas bactérias no nosso intestino é um fator essencial para o metabolismo, a proteção contra agentes patogênicos e maturação do sistema imunológico.

8 MÉTODOS EXCLUSIVOS PARA O PERFEITO FUNCIONAMENTO DO INTESTINO:

1 – Inclua na rotina suplementos probióticos de qualidade, sempre de acordo com as recomendações do seu médico;

2 – Opte por alimentos como: iogurtes, kefir ou kombucha;

3 – Tenha cuidado com a higiene alimentar;

4 – Evite refinados, aditivados e agrotóxicos;

5 – Aumente a ingestão de fibras;

6 – Pratique atividade física;

7 – Modere a ingestão de álcool, de preferência, no geral, não ingerir bebida alcoólica;

8 – Pare de fumar!

BACTÉRIAS DO BEM, O QUE SÃO?

Bactérias boas são os probióticos, e tem a função de facilitar a digestão e a absorção de nutrientes, além de fortalecer o sistema imunológico. Eles podem ser consumidos na forma de suplementos em cápsulas, líquidos ou sachês, e devem ser diluídos em água ou em sucos naturais para serem consumidos.

Também é importante ressaltar a importância de manter uma alimentação saudável e rica em fibras, pois as fibras são o principal alimento para os probióticos, favorecendo sua sobrevivência no intestino.

Quando ingeridos, os probióticos vão para o intestino e se unem num conjunto de microorganismos já existente, exercendo diversas funções no organismo, que são:

1 – Nutricional: síntese de vitaminas do complexo B (B1, B2, B3, B5, B6, ácido fólico, B12) e vitamina K;

2 – Digestória: síntese de enzimas digestivas (lactase, proteases, peptidases);

3 – Probióticos X flora intestinal: regulação do trânsito intestinal e absorção de nutrientes;

4 – Contribui para a normalização do triglicérides e colesterol plasmáticos;

5 – Auxiliam na metabolização de medicamentos, hormônios, carcinógenos, metais tóxicos e outros xenobióticos;

Mesmo que em pessoas saudáveis, a flora intestinal seja praticamente estável, ela pode ser alterada por diversos fatores, como idade, estado psicológico, drogas, ingestão contínua de medicamentos, doenças, dietas, estresse e hábitos alimentares não saudáveis.

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Obrigado por me acompanhar, e até breve!

Um abraço, Dr. Fernando.