A temida menopausa – Conheça seus efeitos e formas de tratamento

Pintou a menopausa e um turbilhão de dúvidas surgem na mente da mulher. Qual idade começa os sintomas? Quais são eles? O que muda na vida sexual? Vamos juntos compreender o que se trata isso. É importante esclarecer que a menopausa é um processo natural do organismo feminino, pode ser compreendida como o ano seguinte após a última menstruação espontânea da mulher.

Ou seja, devido ao fim das ovulações por conta de o organismo deixar de produzir, de forma lenta e gradativa, os hormônios estrogênio e progesterona, passa-se pelo climatério – que nada mais é do que a transição da fase reprodutiva da mulher para a não reprodutiva.

Em relação a idade, não há uma faixa etária exata e ela geralmente varia o seu aparecimento de mulher para mulher. O que se pode falar é em uma média e que está entre os 45 e os 55 anos, podendo acontecer antes dessa fase, de forma espontânea ou cirúrgica – a chamada menopausa precoce.

A menopausa cirúrgica ocorre após a retirada dos ovários ou do útero. Quando aparece após os 55 anos, é intitulada menopausa tardia.

E, certamente, todas essas mudanças devido a não mais produção destes hormônios femininos causam efeitos, muitas vezes, desastrosos, já que, juntos, controlam mais 800 funções regulatórias do organismo.

E essa falta se apresenta em forma de sintomas físicos e comportamentais e os principais, são, claramente, a ausência da menstruação, o ressecamento vaginal, os populares calores, algumas apresentam insônia, diminuição do desejo sexual, diminuição da atenção e memória, a massa óssea também apresenta uma perda considerável, também há aumento nos riscos cardiovasculares, depressão e alterações na distribuição da gordura corporal.

O QUE É A TÃO FAMOSA REPOSIÇÃO HORMONAL?

A terapia de reposição hormonal tem sido uma das alternativas para a mulher em fase de menopausa. Já que traz de volta ao organismo os hormônios estrogênio e progesterona, de modo a amenizar e/ou reverter os seus sintomas.

O tratamento é o mais efetivo para as ondas de calor, trazendo uma redução de até 75% em sua frequência e de 87% em sua severidade e tem um período certo para acontecer. O ideal é que seja feita entre as idades de 50 a 59 anos e no máximo até 7 anos após o início dos sintomas da menopausa, pois são essas condições que o tornam a alternativa mais segura.

O que talvez não seja tão conhecido é o fato de que o tratamento deve ser cessado assim que a paciente perceber melhora nos sintomas e os benefícios da medicação não forem mais necessárias no dia a dia. E, desse modo, o acompanhamento durante todo o tratamento com o médico é de extrema importância, para que esse exato momento seja identificado.

MAS CUIDADO! EXISTEM ALGUMAS CONTRAINDICAÇÕES

Outro ponto importante aqui é que nem todas as mulheres podem realizar o tratamento. A reposição é contraindicada para aquelas que já sofreram um infarto, tiveram algum grave comprometimento das artérias coronárias, tenham alguma doença no fígado que impeça seu funcionamento, tenham ou tiveram câncer de mama ou no endométrio, apresentam histórico de doença vascular cerebral ou quadro de hipertensão não controlado.

E uma das alternativas é através dos pellets hormonais. Com isso, a mulher vai ter uma melhora não só dos sintomas como a prevenção de algumas doenças como o infarto, o AVC, a osteoporose e o câncer de mama. Além do chip, o tratamento também pode ser feito através de comprimidos, adesivos ou géis.

Nesse ponto, é importante dizer que esse tratamento irá variar de acordo com o perfil e histórico de cada paciente, pois o médico vai verificar e analisar a mulher em diversas condições de saúde, como a aferição da pressão arterial, para, só então, definir que estratégia se encaixa melhor. E os primeiros resultados da reposição hormonal aparecem, geralmente, após um mês do início do tratamento.

A composição do medicamento é outro ponto que pode variar. Ele pode vir a ter progesterona e hormônio esteroide, apenas com estrogênio, ou, em alguns casos, com hormônio masculino – a testosterona. Pois, será individualizado e focado nos sintomas específicos de cada uma.

Existe ainda um conjunto de tratamentos não hormonais que procuram amenizar os sintomas sem repor os hormônios em queda. Alguns desses tratamentos usam inibidores de receptação de serotonina, clonidina, cinarizina. Ainda há tratamento sem medicação, como acupuntura, relaxamento, etc.

CONVIVENDO COM A MENOPAUSA

Dito tudo isso, quero ressaltar as mulheres que o climatério e a menopausa não são doenças, mas um acontecimento natural do ciclo de vida e, que, nem sempre apresentará sintomas no período de intercorrência.

Desse modo, apesar do tratamento de reposição, seria importante que nesse período as mulheres adotassem algumas medidas simples para contribuir com o aumento da sua qualidade de vida. São elas:

–  Beber muita água;

–  Fazer atividade física;

– Preferir ambientes ventilados e, sempre que possível, optar por roupas leves;

– Em relação aos exercícios, é importante dar preferência as caminhadas, natação, dança;

– Evite fumar, ingerir álcool em excesso e uso de drogas;

– Prefira alimentos leves e tome sol.

Agora que a menopausa não é mais um bicho de sete cabeças pra você, aproveite e passe esse conhecimento adiante, compartilhe em suas redes sociais!

Um abraço, Dr. Fernando Guanabara.

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Até breve, um abraço, Dr. Fernando Guanabara.