Você fez um exame de sangue e está com deficiência de vitamina D? Não se assuste, você não é o único. Em nosso país estima-se que 50% das pessoas tenham deficiência dessa vitamina.
A vitamina D é sintetizada através da pele e apenas uma pequena parte vem da dieta. No Brasil, apesar de ser um país com grande incidência de Sol, nos últimos anos tem-se detectado um crescente défice desta vitamina, principalmente devido à baixa exposição solar (muito tempo em casa ou no escritório, uso de protetor solar, etc).
As pessoas que têm maior risco de sofrer dessa deficiência de vitamina D são aquelas que sofrem de doenças que causam má absorção, como os celíacos, aqueles que tomam certos medicamentos que afetam o metabolismo desta vitamina e aqueles que estão acima do peso.
Mas essa deficiência de vitamina D no organismo pode trazer algumas consequências para o nosso organismo, como explico no artigo que preparei abaixo. Confira!
Qual a função da vitamina D?
A vitamina D desempenha um papel fundamental no bom funcionamento do organismo, uma vez que está envolvida em muitos processos fisiológicos, como a absorção e manutenção dos níveis de cálcio nos ossos.
Portanto, um déficit sustentado de vitamina D pode aumentar o risco de osteoporose e fraturas ósseas.
Além disso, ela tem um efeito hormonal além de sua função como reguladora do metabolismo ósseo e, aos poucos, a vitamina D vem assumindo um papel relevante na fisiologia humana em geral.
Numerosos estudos foram realizados ao longo dos anos para destacar essas ações extra-ósseas, incluindo sua ação sobre o sistema imunológico.
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Consequências da deficiência de vitamina D
A osteoporose em adultos e o raquitismo em crianças são as doenças mais comuns associadas à deficiência de vitamina D. É preciso considerar ainda que essa falta do nutriente afeta toda a estrutura óssea, músculos, perda de autonomia e até a morte.
No entanto, existem outras doenças que são impactadas ou estão diretamente ligadas à deficiência de vitamina D, tais como:
Diabetes
A vitamina D é essencial para a síntese e secreção normais de insulina. Por isso, baixos níveis estão relacionados ao aparecimento da síndrome metabólica e ao desenvolvimento de diabetes mellitus II e resistência à insulina.
Hipertensão arterial
Uma investigação recente, determinou que a deficiência de vitaminas D e também K, aumenta o risco de sofrer de hipertensão em 62%, entre a população entre 55 e 65 anos de idade.
Portanto, níveis corretos dessas vitaminas são essenciais para melhorar a saúde cardiovascular.
Depressão
Um grande número de receptores de vitamina D é observado no cérebro. Dessa forma, acredita-se que manter níveis adequados desse pró-hormônio poderia ter o mesmo impacto que a serotonina, o “hormônio da felicidade”.
Câncer
A deficiência dessa vitamina tem sido relacionada não só a problemas ósseos e musculares, mas também a problemas oncológicos. Ter esses baixos níveis hormonais já havia demonstrado estar associado ao risco de muitos cânceres. Especificamente com câncer de cólon, mas também de mama ou próstata.
Recentemente, um estudo publicado na revista científica JAMA Network Open, por pesquisadores do Brigham and Women’s Hospital, em Boston, sugeriu que a suplementação de vitamina D3 em um ensaio clínico randomizado com 25.871 pacientes reduziu o risco de desenvolver câncer avançado entre adultos sem diagnóstico de câncer.
O que fazer?
Também chamado de calciferol, uma das principais funções da vitamina D é que ajuda o corpo a absorver o cálcio — tanto no sangue como nos rins. Por isso é tão importante para manter ossos e dentes saudáveis.
Mas como vimos, esta não é a sua única função, pois também está envolvida na absorção do fósforo, desempenha um papel importante nos sistemas nervoso, muscular, cardíaco e imunológico e pode até ter propriedades antitumorais e antienvelhecimento.
Os níveis corretos de vitamina D no sangue devem estar entre 20 e 50 ng/mL, e um déficit sustentado pode causar vários problemas de saúde, principalmente relacionados à saúde óssea.
O déficit pode ocorrer por diversos motivos, seja por má alimentação, baixa exposição solar ou má absorção, causados pelas circunstâncias descritas acima.
Pessoas com problemas de absorção devem seguir o conselho de seu médico, que provavelmente prescreverá um suplemento.
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Cuidado com a auto-suplementação
Mas jamais faça a auto-suplementação: consumir vitamina D em excesso pode ser prejudicial à saúde e tóxico ao organismo. Pode causar problemas como náuseas, vômitos, falta de apetite, pedras nos rins, depósitos de cálcio em tecidos moles como tendões, coração ou pulmões, entre outros.
Portanto, se você está com deficiência de vitamina D, converse com seu médico, preferencialmente um nutrólogo, que avaliará qual o índice de deficiência e qual a suplementação ideal para suas necessidades individuais.
Por fim, espero que tenham compreendido quais doenças estão relacionadas à deficiência de vitamina D e, para mais informações sobre saúde e qualidade de vida, me siga também nas redes sociais. Estou no Instagram, Facebook e Youtube!